São Paulo, segunda-feira, 9 de maio de 1994 |
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Advogado de Castor contesta a acusação de narcotráfico
RONI LIMA
Segundo ele, ao alardear, sem provas, a existência de "crimes mais graves" do que a contravenção, como o tráfico, Biscaia criou "um clima social desfavorável" contra Castor. Santos reclama também do não-cumprimento, pelo Ministério Público, de regras do processo penal durante o mandado de busca e apreensão em escritórios de Castor, em 30 de março. Segundo ele, por exemplo, no dia seguinte da apreensão dos supostos documentos de Castor, em Bangu (zona oeste), o auto de apreensão teria que ser enviado a um juiz criminal competente. Biscaia sustenta que não há qualquer exigência legal nesse sentido. Mas o advogado afirma ter sido ilegal a demora na entrega à Justiça e que isso pode comprometer o processo. Segundo ele, pode ter havido adulterações no auto. "Fica então a pergunta. Quando foi feito o auto? Ninguém sabe. Eles então tiveram tempo para manobrar o auto." A deputada federal Cidinha Campos (PDT), acusada por Biscaia de "mensalista" do jogo do bicho, critica o procurador-geral fluminense por divulgar nomes "sem perícias e provas". "Esta lista é montada. É feita com interesse político", diz Cidinha. "Ele queria chamar a atenção para a figura dele. Baixou o santo e o Biscaia resolveu ser o ídolo dos cariocas." Para a deputada, não é justo que Biscaia acuse bicheiros por tráfico de armas e drogas sem a existência de provas. "Enquanto não se prova o envolvimento por tráfico de armas ou tóxico, eles têm que ser tratados só como contraventores. Senão vira a Inquisição." Texto Anterior: Bicheiros criam novo jogo e desafiam polícia Próximo Texto: Biscaia busca provas da ligação bicho-tráfico Índice |
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