São Paulo, segunda-feira, 9 de maio de 1994 |
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Falta interesse na área aplicada
RICARDO BONALUME NETO
O ex-reitor da USP, Roberto Leal Lobo e Silva Filho, usou uma comparação precisa. O cientista, diz Lobo, precisa deixar de ficar como um cachorrinho chorando na porta do dono –ficar apenas pedindo recursos ao governo para "pesquisa básica" que eventualmente se converteria em aplicada. "O cachorro tem também que pegar alguns ratos", diz o ex-reitor –ou seja, fazer o trabalho talvez não tão edificante, mas necessário em um país subdesenvolvido, de colaborar com a produção de tecnologia nas empresas. Ivan Rocha, da Universidade de Brasília, lembra que é preciso haver uma "calibração" entre a liberdade de pesquisa e a necessidade de retorno à sociedade do investimento que ela fez. A dificuldade de acesso aos recursos foi ressaltada por Daniel de Oliveira, do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) do Ministério do Planejamento. Para ele, a Constituição de 1988 engessou os recursos, vinculando verbas a certas áreas e deixando outras na vala comum de ter de lutar por migalhas. (RBN) Texto Anterior: Seminário revela corporativismo científico Próximo Texto: Australiano inventa nova pá ergonômica Índice |
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