São Paulo, segunda-feira, 9 de maio de 1994 |
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Preço menor populariza eletrônicos
FÁTIMA FERNANDES
Queda de 50% ajuda a dobrar as vendas de celulares, fac símiles, computadores e agendas eletrônicas Uma nova geração de equipamentos eletrônicos está cada vez mais presente no dia-a-dia do consumidor brasileiro. Telefones celulares, fac-símiles, microcomputadoes, notebooks, copiadoras, agendas e secretárias eletrônicas, tornam-se comuns nas casas, escritórios e carros. As revendas dessa parafernália de produtos não têm do que reclamar. A demanda chega a dobrar de um ano para outro. O fato de esses eletrônicos se tornarem cada vez mais conhecidos, ajuda a aumentar a venda. Mas o grande impulsionador do consumo, dizem os revendedores, tem sido a queda real de preço. A abertura do mercado brasileiro às importações trouxe muitas opções desses produtos para os consumidores dos país. A competitividade entre as várias marcas fez os preços caírem substancialmente. A queda chega a 50% em quatro anos. Fax e micro A Computer Place, que distribui esses eletrônicos para 1.500 lojas e ainda tem uma revenda própria, prevê para este ano receita de US$ 40 milhões, 166% maior do que a do ano passado. José Ricardo Quintana, diretor executivo, diz que os notebooks (microcomputadores portáteis) estão entre esses eletrônicos mais procurados. Desde janeiro, conta, a Computer Place comecializa 250 unidades por mês. No ano passado, diz, esse número era inexpressivo. O aparelho de fac-símile, continua Quintana, é outro dos eletrônicos de sucesso. No ano passado, a empresa vendia entre 200 unidades a 230 unidades mensais. Este ano, esse número pulou para 500 unidades comercializadas por mês. No caso dos microcomputadores, o aumento foi de 200 unidades para 500 unidades mensais, no mesmo período. "Há uma busca frenética por eletrônicos que facilitem o dia-a-dia do cidadão em casa e no escritório", afirma Quintana. Até há pouco tempo, diz ele, só o público classe A, no topo da pirâmide de renda, tinha acesso a esses produtos. Hoje, com a redução dos preços e o acesso facilitado aos importados, eles já podem ser adquiridos pelas pessoas que formam a chamada classe B. Américo Simão, diretor comercial de produtos para escritórios da Sharp, informa que a queda do preço real do fax, por exemplo, foi de 50% de 1990 até agora – de US$ 1.000 para US$ 500. A previsão da Sharp é a de comercializar 36 mil unidades este ano. No ano passado, foram 23 mil unidades. No mercado de microcomputadores, diz ele, há até superaquecimento de demanda. A Sharp, que entrou recentemente nele, estima vender 11 mil unidades em 1994. A queda de preço desse produto, segundo Simão, chega a 20% em um ano. Copiadoras As minicopiadoras pessoais também estão fazendo sucesso, especialmente aquelas que têm o tamanho de uma pasta. Simão diz que a venda desse produto está dobrando a cada ano. Os preços delas – capazes de fazer oito copias por minuto –, estão entre US$ 1.600 e US$ 1.700. A RPS, que lançou o primeiro hipermercado de produtos de informática e hoje já tem três lojas, informa que as vendas estão crescendo 30% ao mês desde novembro do ano passado. LEIA MAIS sobre mercado de eletrônicos na pág.2-4 Texto Anterior: Efeito é nulo para lâminas de barbear Próximo Texto: Empresa faz cosmético para negras Índice |
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