São Paulo, segunda-feira, 9 de maio de 1994
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Faria visita as detentas

DA SUCURSAL DO RIO

O comerciante Edevair de Souza Faria prometeu que vai ajudar os filhos das duas mulheres que tomaram conta dele no cativeiro.
Ele disse que vai batizar a filha de quatro anos de Lina Célia de Oliveira e colocará o filho de 10 anos de Marluce Gomes numa escolinha de futebol.
Edevair fez a promessa ontem às 18h50, quando foi visitá-las numa sala do 24º Batalhão da Polícia Militar. Ele abraçou e beijou as duas mulheres e o menor S.J.S., agradecendo as atenções recebidas no cativeiro.
O pai do atacante Romário pediu aos policiais que as duas mulheres e o menor não fossem maltratados.
Faria contou que foi bem tratado durante os seis dias de cativeiro. Ele comia bife, batata frita, galinha, banana e tomou até cerveja.
Segundo ele, os sequestradores permitiram que ele assistisse ao jogo do Barcelona e Real Madrid, anteontem, para ver a atuação de seu filho Romário.
As mulheres contaram que Faria, vendo o jogo, disse que gostaria que Romário fizesse um gol na partida para ser dedicado a ele.
Durante o cativeiro, Faria sofreu de diarréia. Ele pediu aos sequestradores um licor de anis e água gelada para tomar o remédio Imosec.
Na primeira noite do sequestro, ele também tomou o calmante Rohypnol. Ele pedia também cerveja para tomar os remédios.
Segundo as duas mulheres que tomaram conta do comerciante, Faria dizia que desejava ver Romário campeão do mundo, seu filho mais novo, Ronaldo, formado, e ser libertado com vida.
Os sequestradores forneceram a Faria uma muda de roupa na quarta-feira passada. No cativeiro, ele ficou o tempo todo descalço, com bermudas e sem camisa. Ele dormia sobre um colchonete.

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