São Paulo, quarta-feira, 11 de maio de 1994![]() |
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Deputado ficou só
FLÁVIA DE LEON
Sem a presença das lideranças e de funcionários do partido e de sua família, Ibsen ficou praticamente só para se defender da acusação de falta de decoro parlamentar. Sem líderes A sessão que julgou Fiuza, no último dia 28, lotou a sala da Comissão. O deputado pefelista contou com a presença de líderes, funcionários do partido e toda a sua família. Para Ibsen, a torcida foi feita de maneira silenciosa por assessores de seu gabinete. Poucos deputados que são amigos de Ibsen foram ao julgamento –entre eles o presidente do PMDB gaúcho, André Forster. O deputado Luiz Roberto Ponte (PMDB-RS), por exemplo, chegou à sala da comissão às 12h20 perguntando se havia ocorrido alguma manifestação a favor ou contra seu amigo. Informado de que nada ocorrera, Ponte balançou a cabeça e foi sentar-se perto de Ibsen. Indignado Ibsen chegou à sala do julgamento afirmando estar "seguro" e "indignado". Ele negou que vá renunciar ao mandato. "A vantagem de você chegar ao fundo do poço é que ninguém pode empurrar mais para baixo", disse. "Fui atingido pela injustiça, mas não perdi minha capacidade de resistência, de indignação", afirmou. O próprio Ibsen definiu que já esteve "mais abatido". No intervalo para o almoço, o deputado deixou a sala suando –o colarinho de sua camisa estava molhado. Seu advogado saiu para o almoço reclamando do pouco tempo que teve para a defesa. Ibsen almoçou em seu apartamento, em companhia de Laila, sua mulher. Voltou à sala da CCJ e ficou acompanhando a leitura do voto do relator, deputado Luiz Máximo, em silêncio. Texto Anterior: Defesa de Ibsen não convence comissão Próximo Texto: Bicudo usará novos dados contra Fiuza Índice |
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