São Paulo, quarta-feira, 11 de maio de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Mulher acusa promotor de propor sexo oral para soltar marido no PR

JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

A empregada doméstica Maria Aparecida do Rego, 26, acusa o promotor da 1ª Vara Criminal de Apucarana (PR), Edivaldo José de Lima, 31, de assédio sexual e prática de atos obscenos.
A acusação foi feita à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Lima nega a acusação.
O advogado designado pela subseção da OAB de Apucarana (329 km de Curitiba), João Batista Cardoso, disse que Maria Aparecida tem um fita com gravação que comprovaria o suposto assédio.
Segundo Cardoso, não existe dúvidas de que a voz gravada na fita é do promotor.
Lima requereu ontem abertura de inquérito policial e apreensão da fita para análise.
Maria Aparecida disse que foi assediada pelo promotor depois que foi à vara criminal.
Segundo ela, estava tentando resolver a situação de seu marido, Paulo Roberto de Oliveira, 37, que cumpre pena sob acusação de porte e tráfico de drogas.
Segundo ela, a fita que comprometeria o promotor foi gravada há uma semana, "quando ele expôs seu órgão genital e propôs sexo oral". Ela teria usado um gravador escondido sob a roupa.
Segundo o promotor, a denúncia contra ele "é uma tramóia".
Lima afirma que move ação contra 41 advogados de Apucarana por crime de "sonegação de processos, sendo que 38 já foram denunciados".
Ele diz que a denúncia de Maria Aparecida "faz parte de uma armação em razão disso". O advogado João Batista Cardoso é um dos 38 advogados denunciados.

Texto Anterior: Jurada beija réu no RS e sentença pode ser revista
Próximo Texto: Cresce ação de neonazistas no país, diz dossiê
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.