São Paulo, quarta-feira, 11 de maio de 1994 |
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Professor estadual de SP inicia paralisação
FERNANDO ROSSETTI
A última, concluída há seis meses, durou 79 dias com uma adesão que oscilou de 15% a mais de 90%. Há escolas até hoje com currículos alterados por causa disso. O piso atual dos professores é de 97 URVs, por 20 horas/aula semanais. O piso na rede municipal está em 177 URVs, 82% a mais. Segundo o governo, a média salarial dos professores P1 (sem formação universitária) é de 334 URVs. O P3 (com graduação) ganha, em média, 333 URVs. Para o secretário da Educação, Carlos Estevam Martins, "a decretação da greve é uma coisa difícil de explicar" porque ocorre "no momento em que estávamos em etapa de recuperação salarial". Perguntado se considera os salários bons, o secretário da Educação disse que isso "depende das atividades desse professor". O presidente da Apeoesp (o sindicato dos professores), Roberto Felício, disse que "o secretário deveria tentar viver um mês com o salário de um professor para saber se ele é bom ou ruim". Martins afirmou que esse tipo de greve pode desestabilizar o plano econômico de implantação do real e que "pode haver aí uma motivação político-eleitoral". Felício disse que "não é novidade o governo afirmar que as greves são eleitoreiras". Segundo ele, o candidato do PMDB –partido do governo estadual–, Orestes Quércia, também critica o Plano Real. A assembléia que decidiu a greve reuniu 3.000 pessoas, segundo a Polícia Militar, e 5.000 a 6.000, para a Apeoesp. A próxima está marcada para terça-feira, dia 17. Texto Anterior: Cobrador de ônibus mata dois passageiros a tiros em São Paulo Próximo Texto: USP e Unicamp também interrompem aulas Índice |
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