São Paulo, quarta-feira, 11 de maio de 1994
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USP e Unicamp também interrompem aulas

DA REPORTAGEM LOCALE DAS REGIONAIS

Uma assembléia com 65 dos 5.400 professores da USP decidiu marcar o início de uma greve por tempo indeterminado para a próxima segunda-feira.
Na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), outra assembléia votou pela paralisação a partir de hoje. A universidade tem 2.300 professores.
Na terceira universidade do Estado, a Unesp, também houve decisão de entrar em greve a partir de segunda-feira. O campus de Ilha Solteira –um dos 16 da Unesp– já tem paralisação parcial.
O reitor da USP, Flávio Fava de Moraes, disse, segundo sua secretária, que ainda não havia sido informado da greve e que por isso não poderia fazer comentários.
Fava é presidente do Cruesp (Conselho de Reitores das Universidade Estaduais Paulistas), que define a política salarial conjunta das três instituições.
O reitor da Unicamp, José Martins Filho, também não se pronunciou sobre o assunto.
Cruesp e entidades de professores e funcionários da USP, Unesp e Unicamp vêm negociando o reajuste dos salários há um mês.
O salário médio de um professor doutor (nível intermediário da carreira acadêmica) é de 1.200 URV.
A reivindicação é de um reajuste, em URVs, de 37%. Na semana passada, o Cruesp propôs um reajuste de 2%. Ontem, a oferta foi aumentada para 8%.
"A Adusp (Associação dos Docentes da USP) acha isso inaceitável", disse sua assessoria de imprensa.
Segundo o presidente da Adunicamp (Associação dos Docentes da Unicamp), José Ricardo Figueiredo, 41, há reunião de negociação marcada para segunda-feira.
Os funcionários da Unicamp vão definir hoje em assembléia às 12h se também entram em greve.
No ABCD, uma greve que tem a adesão de cerca de 250 professores da rede particular está deixando sem aulas cerca de 10 mil alunos.

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