São Paulo, quarta-feira, 11 de maio de 1994
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BC vende todos os títulos levados a leilão

RODNEY VERGILLI
DA REDAÇÃO

As Bolsas de Valores registraram altas expressivas ontem, mas com menor volume de negócios.
O índice da Bolsa de Valores de São Paulo registrou alta de 8,8%, seguido por valorização de 8,6% na Bolsa Rio (índice Senn).
O volume de negócios na Bolsa paulista caiu ontem para US$ 143 milhões, contra US$ 165 milhões no dia anterior.
A média diária de operações em todo o ano passado foi de US$ 157 milhões. No primeiro trimestre deste ano, o volume médio diário foi de US$ 300 milhões.
O volume caiu muito e as operações ficaram nas mãos de especuladores, que "puxam" as cotações para vender em seguida.
As ações da Petrobrás PN estiveram no dia anterior entre as maiores baixas (-7,0%) e ontem lideraram as altas com 14,1%.
O Banco Central realizou ontem leilão de Bônus do Banco Central. Obteve sucesso. Colocou 5,8 bilhões de papéis com taxa de overnight de 56,528% ao mês.
Os papéis são destinados basicamente aos fundos de investimento (fundões, fundos de commodities).
O Banco Central elevou a taxa do overnight de 52,98% ao mês no dia anterior para 53,56% ao mês ontem.
Há expectativa de inflação em alta. Os juros dos Certificados de Depósito Bancário subiram 246 pontos.
O mercado do dólar no paralelo esteve mais especulativo. A variação diária foi de 2,02% no "black" e de 1,66% no segmento do dólar comercial. O deságio (diferença entre o dólar comercial e o paralelo) caiu de 3,52% no dia anterior para 3,18% ontem.
(Rodney Vergili)

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 1,572% no dia 6, projetando rendimento para o mês de 41,00%. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros oscilaram entre 53,10% e 53,60% ao mês por um dia.
CDB e caderneta
As cadernetas que vencem hoje rendem 49,6244%. CDBs prefixados negociados ontem: de 11.000% a 11.200% ao ano para 30 dias. CDBs pós-fixados de 90 dias: 25% a 26% ao ano mais a variação da TR.
Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: de 53,15% a 54,00% ao mês. Para 30 dias (capital de giro): de 11.100% a 11.300% brutos ao ano.
No exterior
Prime rate: 6,75% ao ano. Libor: 5,1875%.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: alta de 8,8%, fechando com 15.479 pontos e volume financeiro de CR$ 209,25 bilhões, contra CR$ 236,84 bilhões no dia anterior. Rio: alta de 8,6% (I-Senn), fechando com 57.796 pontos e volume financeiro de CR$ 20,82 bilhões, contra CR$ 83,55 bilhões no dia anterior.
Bolsas no exterior
O índice Dow Jones fechou com 3.656,41 pontos, com alta de 27,37 pontos em relação ao dia anterior. O índice Financial Times fechou com 2.499,80 pontos, com valorização de 23 pontos em relação ao dia anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 19.917,78 pontos, com alta de 130,82 pontos em relação ao dia anterior.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): CR$ 1.459,33 (compra) e CR$ 1.459,35 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a CR$ 1.435,52 (compra) e CR$ 1.435,54 (venda). "Black": CR$ 1.400,00 (compra) e CR$ 1.413,00 (venda). "Black" cabo: CR$ 1.405,00 (compra) e CR$ 1.412,00 (venda). Dólar-turismo: CR$ 1.362,00 (compra) e CR$ 1.393,00 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 1,19%, fechando a CR$ 17.460,00 o grama na BM&F, movimentando 2,34 toneladas.
No exterior
Segundo a agência "UPI", em Londres, a libra fechou cotada a 1,4908 dólar, contra 1,4965 dólar no dia anterior. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,6715 marco alemão, contra 1,6575 marco alemão no dia anterior. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 103,18 ienes ontem, contra 102,41 ienes no dia anterior.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para maio fechou em 49,23%, contra 49,03% no dia anterior.
No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para maio ficou em 16.900 pontos, projetando rentabilidade de 39,01% ao mês. No mercado futuro de índice Bovespa para junho a cotação foi de 24.500 pontos, projetando lucratividade de 46,62% ao mês.
No mercado futuro de dólar, a expectativa de desvalorização cambial para maio ficou em 45,34%, contra 45,16% no dia anterior.

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