São Paulo, quarta-feira, 11 de maio de 1994
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Convocados defendem sexo na Copa

HUMBERTO SACCOMANDI
DA REPORTAGEM LOCAL

Os jogadores chamados para a seleção brasileira defendem o sexo durante a Copa. As posições vão desde o "não atrapalha" até o "só ajuda".
Todos os jogadores ouvidos pela Folha acham que deve haver hora para tudo, inclusive sexo. "Só ajuda", disse o zagueiro Ricardo Gomes, 29.
"Sexo não atrapalha. Todas as coisas da vida, feitas no momento certo, só ajudam", afirmou o meio-campo Dunga, 30.
O meio-campo Raí, 28, disse pensar mais em vencer o Mundial. "Sexo não atrapalha, mas é secundário diante da Copa".
Para o goleiro Gilmar, sexo não atrapalha, nem "para aos solteiros, nem aos casados que estiverem com as mulheres nas horas de folga".
Jorginho, 29, acha que "passar a noite fora vai atrapalhar, mas com a mulher não tem problema".
Ricardo Rocha, 31, questiona um dos principais argumentos contra o sexo antes do futebol. "Não acredito que sexo prejudique o desempenho físico do atleta.
Mazinho, 28, concorda. "Faço sexo com a minha mulher antes dos jogos e nunca senti nenhum problema", afirmou.
Além da questão física, outro argumento contra o sexo para os jogadores é que isso tiraria a concentração necessária para disputar uma Copa do Mundo.
Mauro Silva, 26, contestou. "A presença das mulheres ajuda a relaxar da tensão que é uma Copa".
O treinador da seleção, Carlos Alberto Parreira, liberou o sexo para os jogadores nos dias de folga, mas desaconselhou os atletas a levarem suas mulheres.
"É estranho liberarem sexo sem as esposas", disse Leonardo. Ele não levará sua mulher, que está grávida de nove meses, e acha que dá para passar sem sexo.
Na Copa de 1990 não houve muita discussão sobre o assunto. O treinador Sebastião Lazaroni não adotou nenhuma norma a respeito.
Já outros técnicos, como Telê Santana, são mais tradicionalistas e preferem poupar os jogadores em torneios importantes.
(HuSa)

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