São Paulo, quinta-feira, 12 de maio de 1994 |
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Quércia deve conseguir até 60% dos votos
LUCIO VAZ
O senador José Sarney (AP) avalia hoje se retira a sua pré-candidatura. O resultado obtido pela Folha é próximo da avaliação feita por Sarney, com o auxílio de aliados nos Estados. O senador concluiu que Quércia terá 65% dos votos (quase dois terços). Resultados Pela apuração Folha, feita com os presidentes dos Diretórios Regionais e candidatos aos governos estaduais pelo PMDB, Sarney terá 18% dos votos e o ex-governador Roberto Requião (PR) terá 13%. O restante está indefinido. Quércia, Sarney e Requião disputam no domingo, dia 15, a prévia do PMDB. O vencedor será o candidato do partido a presidente da República. O desempenho de Sarney é fraco até mesmo no Nordeste, onde ele esperava recuperar a desvantagem que leva no Sul/Sudeste. O senador tem vitória certa apenas no Maranhão, sua terra natal e principal base eleitoral, e no Rio Grande do Norte. Nos demais Estados do Nordeste, Sarney mantém uma votação próxima dos 30%, perdendo a disputa para Quércia. Requião não tem expressão eleitoral na região. Quércia tem vantagem em Estados onde o colégio eleitoral é elevado, como São Paulo (3.750 votos), Santa Catarina (1.453 votos), Minas Gerais (3.177 votos) e Bahia (1.503 votos). O ex-governador de São Paulo garante o favoritismo com votos espalhados por todas as regiões. Deve vencer em 17 Estados. Em Roraima, o senador Cesar Dias, quercista, garante que o ex-governador paulista faz 100% dos votos. /int\>Requião Requião não conseguiu projetar nacionalmente a sua candidatura. Dois terços dos seus votos serão conseguidos no Paraná (colégio de 1.709 votos) e no Rio Grande do Sul (colégio de 2.305 votos). Outro problema de Requião é que a abstenção dos gaúchos pode chegar a 50%. Além disso, o apoio de prefeitos do Rio Grande do Sul dará uma votação expressiva para Quércia no Estado. Pela avaliação das lideranças regionais do PMDB, pesou muito na disputa a história dos dois candidatos no partido. Como presidente nacional do PMDB, Quércia teve contato direto com lideranças regionais e municipais durante anos. Sarney é considerado por todos como um político estranho ao partido. O discurso forte de Requião agrada aos peemedebistas, mas há um consenso de que ele errou ao fazer denúncias de corrupção contra Quércia. Texto Anterior: EUA asseguram imparcialidade a Lula Próximo Texto: Quércia afirma que não vai renunciar Índice |
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