São Paulo, quinta-feira, 12 de maio de 1994
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`Transparência' agrada bancos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os banqueiros que almoçaram ontem com o ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, fizeram elogios à "transparência" do plano econômico –ou seja, o anúncio prévio das medidas para o controle da inflação.
O presidente da CNF (Confederação Nacional das Instituições Financeiras), Léo Cochrane Júnior, disse que o mercado aguarda com "tranquilidade" as medidas para expurgo da inflação nos contratos após 1º de julho.
O expurgo, previsto no artigo 36 da medida provisória que criou a URV (Unidade Real de Valor), pode provocar prejuízos aos bancos. As instituições se preparam para contestar judicialmente o artigo 36.
O maior motivo da satisfação dos empresários foi a promessa, feita por Ricupero, de que não haverá recessão após o real, mesmo com a adoção eventual de medidas para conter o crédito.
A promessa foi citada tanto por Cochrane como pelo presidente da Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos), Alcides Tápias, que falaram separadamente com os jornalistas.
As instituições financeiras têm interesse na manutenção da liberdade de crédito. Com estabilização da inflação, os empréstimos e financiamentos feitos pelos bancos tendem a crescer em volume.

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