São Paulo, sábado, 14 de maio de 1994 |
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Cabrera pretende candidatura
FERNANDO DE BARROS E SILVA
A oposição à coligação com Mário Covas no maior Estado do país cresceu nos últimos dias. O PFL paulista acredita que com candidatura própria elege mais deputados estaduais e federais. Além disso, é unânime na cúpula do partido a avaliação de que Cabrera vem sendo humilhado pelos peessedebistas. Em conversas informais, Cabrera cita três exemplos de "humilhação". Diz que o deputado Fábio Feldmann teria chamado o PFL paulista de "caixão sem alça". Comenta também que o ex-ministro Walter Barelli teria dito que o PFL paulista "não vale nada" e, por fim, que Almino Affonso teria comparado o PFL ao demônio num programa de TV. Affonso negou à Folha ter feito a declaração. Segundo Cabrera, a cúpula nacional do partido o "liberou totalmente" para lançar sua candidatura, desde que apóie FHC. O assunto, na verdade, dividiu no decorrer da semana o presidente nacional do partido, Jorge Bornahusen, e o deputado Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA). Bornahusen disse a amigos em Brasília que a aspiração de Cabrera é legítima, já que vem sendo maltratado pelo PSDB. Luís Eduardo é contra a candidatura própria do PFL em São Paulo e apóia uma intervenção no Estado para destituir Cabrera caso ele rejeite se coligar a Covas. Ontem em Brasília o senador Marco Maciel (PFL-PE) disse que a "preferência do partido é pela coligação também em São Paulo". A convenção do PFL em São Paulo está marcada para o dia 29 de maio, no no Anhembi ou na sede do partido. Na segunda-feira, o PFL paulista se reúne para decidir se vai fechar posição em torno da candidatura Cabrera. Texto Anterior: Rossi diz ser político de 2º time Próximo Texto: Leia a íntegra da nota de Itamar Índice |
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