São Paulo, sábado, 14 de maio de 1994 |
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PM investiga desaparecimento de 3 testemunhas
FERNANDA DA ESCÓSSIA; SERGIO TORRES
Nélson de Araújo Leitão, contador de Castor, Rosângela de Almeida e Ulysses Rezende, funcionários da fortaleza de Bangu, desapareceram no dia 30 de março. Parentes das testemunhas denunciaram ao Ministério Público que eles foram sequestrados e estão ameaçados de morte. O MP pediu à PM que localize os três e lhes dê garantia de vida. Se eles não forem encontrados até segunda-feira, será aberto um inquérito na Polícia Civil para apurar a responsabilidade dos bicheiros pelo sequestro. Leitão, Rosângela e Rezende chegaram a prestar depoimento ao MP. Foram eles que confirmaram a autenticidade dos livros-caixa e dos disquetes. Homem de confiança de Castor, Leitão cuidava da contabilidade do jogo, incluindo os lançamentos de propinas e doações de campanha. No depoimento ao MP, ele contou que Castor arrecadava semanalmente CR$ 70 milhões, em valores de março. Rosângela passava informações para os disquetes. Após o depoimento, os três não foram vistos. Seus parentes avisaram ao MP, segundo informações dos sequestradores, que eles estavam em lugar seguro. Leitão e Rosângela estão entre as oito testemunhas arroladas para depor na Auditoria Militar, no processo contra os oficiais da PM. Assassinato Suposto segurança de Castor, o policial civil Roberto Simas, 56, foi morto a tiros, anteontem, por três homens na zona norte. A polícia suspeita que o crime tenha sido "queima de arquivo". Simas saberia demais sobre o jogo do bicho. Roubo é a segunda hipótese. Sumiram a arma e jóias que Simas carregava. (Fernanda da Escóssia e Sergio Torres) Texto Anterior: BC cria uma diretoria para a nova moeda Próximo Texto: MP quer dificultar liberação Índice |
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