São Paulo, sábado, 14 de maio de 1994
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Suspensões serão mais resistentes

CLÓVIS ROSSI; ANDRÉ LAHOZ
DOS ENVIADOS ESPECIAIS A MÔNACO

Na intenção, se o pacote de segurança ontem anunciado pela FIA estivesse em vigor antes do GP de San Marino, em Imola, Ayrton Senna não teria morrido.
Só faltou dizer como será essa suspensão.
Mosley aceitou enveredar por uma discussão ética e política em torno da F-1, ao ser provocado por uma pergunta. Um repórter quis saber se, além dos aspectos técnicos, a FIA se preocupava com o lado moral de um "esporte perigoso" como o é a F-1.
Resposta do presidente da FIA: "Não se pode restringir a liberdade pessoal de se participar de um esporte perigoso."
Mais: "Se se começar a proibir um esporte perigoso, vai-se acabar proibindo todos."
Nesse tipo de discussão, Mosley transferiu toda a "liberdade pessoal" para os pilotos, com uma definição contundente: "Não se pode esperar de um piloto de Fórmula 1 que tenha a segurança com sua prioridade número 1."
É pouco provável que os pilotos discordem da seguinte avaliação do presidente da FIA: "Se um piloto tiver que escolher entre um carro mais veloz e menos seguro e outro menos veloz e mais seguro, escolherá certamente o mais veloz."
Discutível ou não, é esse conceito que faz da F-1 um esporte perigoso, por mais pacotes de segurança que se adotem.
Mosley afirmou que outras medidas de segurança, como o uso de "airbags" (colchões de ar que se inflam em caso de batida, protegendo o piloto), serão estudadas por um conselho de segurança a ser formado sob a direção de Sid Watkins, médico-chefe da FIA.
As equipes terão até 1º de agosto para dar suas sugestões no que se refere à segurança dos carros de Fórmula 1, acrescentou o presidente da FIA.(CR e ALz)

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