São Paulo, sábado, 14 de maio de 1994
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Wendlinger terá sequelas graves se sobreviver

CLÓVIS ROSSI; ANDRÉ LOZANO
DOS ENVIADOS ESPECIAIS A MÔNACO

Se sobreviver, o que não era certo até a noite de ontem, o piloto austríaco Karl Wendlinger, 25, terá "sequelas funcionais maiores", conforme a informação dada ontem pelo Hospital Saint-Roch, de Nice.
Wendlinger está internado na unidade de terapia intensiva desde o acidente que sofreu na pista de Mônaco, na quinta-feira.
Por "sequelas funcionais maiores", entenda-se paralisia total ou parcial dos membros locomotores, eventual perda da capacidade de falar e, no limite máximo, uma vida puramente vegetativa.
Quais serão exatamente as sequelas, no entanto, os médicos ainda não se sentem em condições de definir. Pediram à equipe do piloto, a Sauber/Mercedes-Benz, mais 48 horas "antes de progonósticos relativos às condições" de Wendlinger, segundo nota oficial da Sauber.
O piloto austríaco está sendo mantido em estado de sono profundo (uma espécie de coma induzido) e respira por meio de aparelhos. É a maneira de evitar sobrecarga para o cérebro, danificado no acidente da quinta-feira.
Graças à essa providência, o estado geral do piloto era, ontem, "grave mas estável", sempre segundo a versão oficialmente fornecida pelos médicos à equipe e por esta retransmitida à mídia.
Em uma emocionado pronunciamento, Norberto Haug, diretor-esportivo da Sauber, deixou claro que "tudo ainda é possível", forma de dizer que o piloto tanto pode morrer como sobreviver.
Haug tentou, de qualquer forma, introduzir uma ponta de otimismo, ao afirmar que "há boas razões para achar que ele se recuperará".
(CR e ALz).

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