São Paulo, segunda-feira, 16 de maio de 1994 |
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Lula terá cem dias para agir, diz aliado
VINÍCIUS TORRES FREI
A presença de Lula, candidato da frente, foi anunciada na convocação do encontro. O vice-presidente do PC do B, Renato Rabelo, disse que não sabia explicar a ausência de representantes petistas. Em discurso no encerramento da convenção, o presidente do PSTU, Valério Arcari, disse que "o povo exigirá medidas concretas nos primeiros 100 dias de governo de esquerda –exigirá reforma agrária e aumento de salários". O PSTU reúne os membros de uma antiga tendência do PT, a Convergência Socialista. Arcari afirmou também que "as grandes lutas estão por vir –virão depois da derrota do inimigo de classe no seu terreno, o do sufrágio universal". Segundo Arcari, em um possível governo Lula a população terá que se organizar para resistir à tentativa da "burguesia e do imperialismo" de estabelecer uma situação de caos no país. Membros do PC do B, presidentes nacionais e estaduais dos demais partidos coligados discursaram para um público de cerca de 300 pessoas no encerramento da convenção. A maioria dos discursos criticou o candidato do PSDB à Presidência, Fernando Henrique Cardoso, o Plano Real e o neoliberalismo. Todos lembraram que as eleições presidenciais deste ano "são uma batalha histórica entre o povo e as classes dominantes". A nota elaborada pelo PC do B na convenção diz que as eleições, "não obstante as limitações", são uma oportunidade para derrotar as "classes dominantes". O documento diz também que um possível governo Lula não pode ser "uma continuidade melhorada dos governos das classes dominantes". (VTF) Texto Anterior: Aliança recebe aprovação de 75% dos convencionais Próximo Texto: Radicais do PT vão pressionar candidato Índice |
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