São Paulo, segunda-feira, 16 de maio de 1994
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Nem sempre o DIU é o melhor anticoncepcional

ROSELY SAYÃO
ESPECIAL PARA A FOLHA

"Tenho 18 anos e vida sexual desde os 15. Eu e meu namorado estamos juntos há quatro anos e sempre usamos a camisinha para prevenir a gravidez. Agora vamos morar juntos e quero usar um outro método, para ter maior liberdade. Ouvi falar que o DIU é uma boa, que a gente não precisa ficar preocupada com nada. O que você acha?"

Pelo jeito você não quer mesmo ter trabalho para não engravidar antes de decidir que é a hora, certo? Mas essa atitude não é a melhor na hora de decidir por um método anticoncepcional.
Nesse momento, o mais importante é avaliar as vantagens e desvantagens de cada método para você e decidir por aquele que vai trazer o melhor resultado com menor prejuízo, está bem? Nada de querer ficar na folga em uma coisa tão importante.
Alguns métodos não precisam da orientação e intervenção de um médico. Já outros, entre eles o DIU, precisam de consulta médica com um ginecologista.
O DIU é um pequeno objeto que, introduzido no interior do útero, impede a fecundação ou a fixação do óvulo fecundado no local. Existem vários tipos no formato e no material utilizado: há os que são feitos de plástico, somente, e há os que contém cobre ou hormônios.
Eles têm um tempo de duração que vai de um ano até cinco, dependendo do tipo, e são colocados pelo ginecologista nos dias em que a mulher está menstruada, que é quando o colo uterino fica mais dilatado. Uma das vantagens do método é essa que você quer: não exige da mulher uma preocupação diária com o seu uso.
Antes da colocação do DIU o médico deve fazer uma boa avaliação ginecológica para saber se seus órgãos estão em condições de receber o dispositivo.
Quanto às indicações, há controvérsias entre os especialistas. Alguns garantem que a mulher pode usar em qualquer idade. Outros não indicam para adolescentes ou mulheres que ainda não tiveram filhos.
Por isso, o melhor é você conversar com seu ginecologista sobre o assunto, perguntando tudo o que você tem direito para poder fazer a opção. Se preciso, procure a opinião de um segundo ginecologista. E boa sorte!

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