São Paulo, terça-feira, 17 de maio de 1994 |
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Greves têm objetivo eleitoral para 41% dos paulistanos
DA REPORTAGEM LOCAL A maioria dos paulistanos acredita que a onda de greves da semana passada tinha objetivos eleitorais. Segundo pesquisa do Datafolha, 41% dos entrevistados acham que as centrais sindicais querem influenciar as eleições deste ano.Para 32%, o principal motivo para as greves é a questão salarial. Eles acreditam que os salários estão baixos há muito tempo. Outros 19% creditam a onda de greves ao plano econômico do governo Itamar Franco, que teria piorado a situação dos trabalhadores. Na semana passada, os metroviários e os motoristas de ônibus de São Paulo paralisaram suas atividades. Para tentar dissipar a greve de 4.000 policiais federais, o Exército ocupou os edifícios da PF (Polícia Federal) em Brasília, Porto Alegre e São Paulo. Para 48% dos entrevistados, a greve dos agentes da PF é justa. Alguns relatórios dos serviços de informações do governo levantaram a suspeita de que a CUT estaria promovendo as greves com objetivos eleitorais. Segundo o Datafolha, a maioria dos paulistanos (42%) acha que nenhum trabalhador deve ser proibido de fazer greves. Outros 25% acreditam que o direito de greve deveria ser proibido para categorias de serviços essenciais –como os trabalhadores em hospitais e em empresas de transportes públicos. A mesma porcentagem (25%) acha que todos os trabalhadores deveriam ser impedidos de paralisarem suas atividades. Segundo a pesquisa, 49% afirmaram que não foram prejudicados pelas greves dos transportes, 21% se disseram pouco prejudicados e 30%, muito prejudicados. Com relação à greve da PF, 53% se disseram a favor da intervenção do Exército. Outros 37% afirmaram ser contra a medida. Texto Anterior: O terceiro parágrafo Próximo Texto: Passou raspando; Alça de mira; Alta tecnologia; Cada um por si; Cone Sul; No ar; Lembrança de candidato; Saúde abalada; Perdeu a moral; Montagem de chapa Índice |
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