São Paulo, terça-feira, 17 de maio de 1994
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Petróleo vaza de oleoduto e polui duas praias do litoral norte de SP

DA FOLHA VALE

O rompimento de um oleoduto fez a Petrobrás interromper na noite do último domingo o bombeamento de petróleo feito entre o Tebar (Terminal Marítimo Almirante Barroso), em São Sebastião, e as refinarias de Cubatão e Capuava.
O petróleo poluiu as encostas da serra do Mar e as praias do Guaecá e Prainha. Duas barcas e um rebocador trabalharam todo o dia de ontem para recolher o óleo do mar.
O rompimento ocorreu na altura do km 138 da Rodovia Rio-Santos, no local conhecido como Costão do Navio, entre as praias do Guaecá e Toque-Toque Pequeno.
O gerente do Tebar, José Daniel Brossi, 38, disse que o oleoduto tem 120 km de extensão. Parte da tubulação será levada aos laboratórios da Petrobrás para que seja investigada a causa do acidente.
Ele disse que ainda não foi possível saber a quantidade de óleo derramado. Segundo ele, o Tebar envia diariamente 25 mil m3 de petróleo para Cubatão e Capuava.
Ele disse que a suspensão do bombeamento não deve causar prejuízos porque as refinarias possuem um estoque para até sete dias. A Petrobrás pretende normalizar o bombeamento até quinta.
O Sindicato dos Petroleiros afirmou ontem que o oleoduto não tem recebido manutenção. Segundo a diretora do sindicato, Lúcia Rodrigues Machado, não há equipe de manutenção de oleoduto no Tebar. Brossi nega a acusação e diz que a manutenção é periódica.
A Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) está monitorando as praias para avaliar as consequências do acidente e autuar a Petrobrás.

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