São Paulo, terça-feira, 17 de maio de 1994 |
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Visto para os EUA vai ser pago em banco
DA REPORTAGEM LOCAL Visto para os EUA vai ser pago em bancoOs interessados em obter visto de entrada para os Estados Unidos deverão pagar a taxa obrigatória de US$ 20 em uma rede bancária, a ser anunciada nos próximos dias. Segundo a assessoria de imprensa do consulado, os entendimentos com um banco, cujo nome não foi revelado, já estão sendo feitos. Enquanto não começar o recolhimento bancário, o pagamento deverá ser feito no consulado. Ontem, primeiro dia de cobrança da taxa de US$ 20 (CR 31.800,00 na cotação do dia), o movimento foi tranquilo, segundo o consulado. Foram atendidos cerca de 600 pedidos. A taxa é cobrada por pedido de visto de entrada no país, independentemente de o visto ser concedido ou não. A medida só atinge os consulados de São Paulo e Brasília. O pagamento só é aceito em dinheiro –em dólar ou o equivalente em cruzeiros reais. O consulado não dá troco e nem aceita cheques ou cartões de crédito. Segundo o Departamento de Estado norte-americano, a adoção da medida deve-se ao crescimento dos custos do processo de concessão de vistos. "Só concordo se houver reciprocidade. O Brasil também deveria cobrar visto dos americanos que queiram visitar o país", disse a oficial de Justiça federal Fátima Guimarães, 39, que obteve um visto para sua filha viajar. Ela criticou o fato de a cobrança não ter sido comunicada com bastante antecedência. "Abandonei a fila e tive que trocar três cheques para conseguir o dinheiro", disse. A gerente financeira Flávia Boff, 30, que conseguiu visto do noivo para viagem de lua-de-mel no final do mês, também criticou. "Não parece coisa de americano, cobrar sem avisar. Também achei caro e injusto. Eu tenho direito de pedir visto e direito não se cobra", afirmou. Uma senhora paulista, que pediu para não ser identificada, concordou com a cobrança. "O brasileiro está ficando muito cambalacheiro. Os consulados têm o direito de cobrar sim pelo visto", argumentou. Outros consulados, como o da França, cobram pelo pedido. Texto Anterior: Atendimento médico é criticado Próximo Texto: Fundação apura casos parecidos Índice |
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