São Paulo, terça-feira, 17 de maio de 1994 |
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Continua maior procura pelo dólar paralelo
RODNEY VERGILI
Bolsa de Valores de São Paulo movimenta US$ 374,3 milhões com vencimento no mercado de opções O mercado voltou a ficar tenso ontem. A procura por dólar no paralelo fez com que pelo segundo dia consecutivo a cotação praticamente encostasse na do dólar comercial. A cotação de venda do dólar comercial ficou acima do valor do paralelo em apenas 0,01% ontem. Em 2 de maio, a cotação do comercial era 4% superior a do paralelo. Há incerteza ainda sobre como ficarão as aplicações após a troca da moeda para o real. Os investidores estão procurando diversificar suas aplicações e uma parte está indo para o mercado do dólar no paralelo. Quem está comprando o dólar no "black" acredita que o programa econômico não dará certo, há o temor de perdas com aplicações financeiras, além de insegurança com um eventual governo Lula. O mercado acredita que o Banco Central, com suas reservas internacionais superiores a US$ 30 bilhões, pode atuar a qualquer momento para derrubar as cotações do dólar no paralelo. Ontem foi dia de vencimento do mercado de opções na Bolsa de Valores de São Paulo. Os investidores que acreditaram na queda das cotações foram os ganhadores. Foi um vencimento de opções fraco, pois a Bolsa paulista movimentou US$ 374,3 milhões. No vencimento de opções anterior, em 18 de abril, o giro foi de US$ 894 milhões. O Banco Central deve manter taxa do overnight (negócios por um dia entre instituições financeiras) até amanhã em 54,36% ao mês. Os juros dos Certificados de Depósito Bancário (CDBs) caíram 157 pontos em relação à última sexta-feira. A estimativa de inflação (IGP-M) para maio caiu de 43,62% na última sexta-feira para 42,92% ontem. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 1,598% no dia 12, projetando rendimento para o mês de 41,64%. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros oscilaram entre 54,33% e 54,36% ao mês por um dia. CDB e caderneta As cadernetas que vencem hoje rendem 45,2727%. CDBs prefixados negociados ontem: de 11.650% a 11.880% ao ano para 30 dias. CDBs pós-fixados de 90 dias: 24% a 26% ao ano mais a variação da TR. Empréstimos Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: de 54,35% a 55,50% ao mês. Para 30 dias (capital de giro): de 11.700% a 12.480% brutos ao ano. No exterior Prime rate: 6,75% ao ano. Libor: 5,1250%. AÇÕES Bolsas São Paulo: queda de 1,4%, fechando com 15.626 pontos e volume financeiro de CR$ 584,00 bilhões, contra CR$ 202,89 bilhões no dia anterior. Rio: baixa de 0,2% (I-Senn), fechando com 59.613 pontos e volume financeiro de CR$ 16,70 bilhões, contra CR$ 17,78 bilhões no dia anterior. Bolsas no exterior O índice Financial Times fechou com 2.462,70 pontos, com baixa de 8,60 pontos em relação ao dia anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 20.188,44 pontos, com queda de 82,31 pontos em relação ao dia anterior. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): CR$ 1.560,14 (compra) e CR$ 1.560,15 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a CR$ 1.534,28 (compra) e CR$ 1.534,30 (venda). "Black": CR$ 1.540,00 (compra) e CR$ 1.560,00 (venda). "Black" cabo: CR$ 1.533,00 (compra) e CR$ 1.540,00 (venda). Dólar-turismo: CR$ 1.473,00 (compra) e CR$ 1.540,00 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: alta de 2,42%, fechando a CR$ 19.080,00 o grama na BM&F, movimentando 1,94 tonelada. No exterior Segundo a agência "UPI", em Londres, a libra fechou cotada a 1,5040 dólar, contra 1,4991 dólar no dia anterior. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,6740 marco alemão, contra 1,6680 marco alemão na última sexta-feira. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 104,87 ienes ontem, contra 104,58 ienes na última sexta-feira. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para maio fechou em 48,94%, contra 49,14% no dia anterior. No mercado futuro de dólar, a expectativa de desvalorização cambial para maio ficou em 45,07%, contra 45,30% no dia anterior. O índice futuro do índice Bovespa para maio fechou com 16.200 pontos, o que significa uma estimativa de lucratividade de 17,35% ao mês. O índice Bovespa futuro para junho foi cotado a 22.650 pontos, com lucratividade projetada de 39,68% ao mês. Texto Anterior: Auditores do Tesouro podem parar amanhã Próximo Texto: Pãozinho já tem preço em URV Índice |
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