São Paulo, terça-feira, 17 de maio de 1994
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Venda de automóveis é estável

DA REPORTAGEM LOCAL

As vendas de automóveis nas duas primeiras semanas do mês são definidas pelos revendedores como "estáveis".
O desempenho do setor é semelhante ao de abril, quando foi registrada queda de cerca de 15% em relação a março.
As vendas dos "populares" continuam aquecidas. Mas para os demais modelos, os concessionários são obrigados a dar descontos, que chegam até 30%.
Para Sergio Reze, presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), "maio deve repetir abril".
"O consumidor não está usando mais a compra do automóvel como proteção de ativos", explica.
Andretta Júnior, presidente da Abracaf, associação dos revendedores Fiat, disse que "as vendas em maio apresentam um ligeiro aquecimento".
Para Paulo Saab, vice-presidente da Abradif, entidade dos distribuidores Ford, a expectativa é de um pequeno aumento de vendas em maio, mas sem "explosões".
O setor de carros usados não detectou um aumento de procura este mês. "As vendas estão no mesmo ritmo de abril, que foram 30% menores do que em março", explica George Chahade, da Assovesp, a associação dos revendedores de veículos usados.
Nas revendas de carros importados a situação é semelhante. "Não há nenhum dado que indique um aumento expressivo de vendas. O consumidor está esperando para ver o que vai acontecer com a economia", afirma Emilio Julianelli, presidente da Abeiva, associação dos importadores de automóveis.
Os consórcios também não registram aumento de demanda. Alencar Burti, presidente da Abrad, associação das administradoras de consórcios, define o mercado como "reticente".
Mas acredita que, em uma economia estável, o consórcio voltará a crescer. "No curto prazo, o consórcio, que atualmente responde por 18% das vendas, deve passar para 21% ou 22%", diz Burti.

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