São Paulo, terça-feira, 17 de maio de 1994
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Entenda as alterações

DA REPORTAGEM LOCAL

As alteraçãoes previstas pela FIA para o GP de Bercelona alteravam basicamente as funções aerodinâmicas do carro, que teria sua estabilidade prejudicada.
Com o carro menos estável, os pilotos, a princípio, diminuíram a velocidade. Pelo visto na reunião de ontem em Mônaco, eles mesmos não acreditavam nisso.
Exigiram a antecipação das medidas previstas pela FIA para o GP do Canadá.
Estas medidas, de fato, diminuem a potência do motor, em cerca de 60 HP (cavalos-de-força, unidade de potência).
A seguir, a descrição e o efeito de cada medida:
Diminuição do difusor - nos carros atuais, existe um difusor na parte traseira do piso, que acelera o fluxo de ar da região, criando pressão aerodinâmica sobre o carro. Diminuindo-o, o carro será menos estável.
Diminuição do aerofólio dianteiro - reduz também a pressão aerodinâmica, tornando o carro menos estável. As "mini-saias", nas pontas do aerófolio terão que ser diminuidas em 10 mm e o aerofólio não poderá se estender além das rodas.
Proibição do combustível especial - as equipes de F-1, muitas delas patrocinadas por fabricantes de combustível, utilizam gasolinas especiais, de octanagem elevada (octanas representam o poder de combustão). Os carros ficariam menos potentes e menos velozes.
Retirada da caixa de ar - o "air box" é aquele orifício acima da cabeça do piloto. Ele faz o ar entrar direto para o compartimento do motor, refrigerando-o. Suprimi-lo significa superaquecimento. Obrigaria a utilização de um motor menos potente, que necessite de menor refrigeração. Na prática, é subestimar a criatividade dos engenheiros da F-1.

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