São Paulo, quarta-feira, 18 de maio de 1994
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Seleção faz segredo dos testes físicos

JOÃO MÁXIMO; MÁRIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO

A comissão técnica da seleção brasileira vai esconder os resultados dos testes físicos que os jogadores começaram a realizar ontem no Rio.
Há medo de que os desempenhos do meia Raí e, principalmente, do lateral-esquerdo Branco fiquem muito abaixo da média. O técnico Carlos Alberto Parreira disse que seria antiético revelar os resultados.
Dois membros da comissão técnica confirmaram à Folha que há expectativa de fracassos, desempenhos "muito ruins". Em clubes como o São Paulo, os resultados são divulgados.
Branco e Raí são os titulares mais ameaçados de serem substituídos. O primeiro teste de Branco estava previsto para ontem, mas foi adiado porque ele estava com dores num joelho.
Os exames são realizados no Instituto de Ciências da Atividade Física da Aeronáutica, o centro de medicina esportiva mais moderno do país.
A partir da avaliação de cada atleta, o preparador-físico Moraci Sant'Anna fará um plano individual de preparação. "Posso recuperar quem estiver mal", disse.
Entre os testes programados, há dois especialmente importantes. O de limiar anaeróbio, em esteira, mostra a velocidade máxima em que o atleta usa apenas a energia gerada pela respiração.
O melhor resultado deverá ser o do lateral-direito Cafu, que chegou a correr 18 km/h nos testes do São Paulo. Quem está mal fisicamente mantém velocidade mais reduzida.
O exame mais sofisticado é o de equilíbrio do jogador quando está cansado. Após exercícios, ele é obrigado a chutar, cabecear e correr.
As imagens são gravadas em vídeo e um computador indica problemas de postura. Exemplo: se a perna, cansada, se afasta pouco da bola, é o caso de reforçar a musculatura dessa parte do corpo.

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