São Paulo, quarta-feira, 18 de maio de 1994
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Aeronáutica escolta time

JOÃO MÁXIMO
DA SUCURSAL DO RIO

Em toda a história da seleção brasileira, jamais se armou um aparato militar para receber os jogadores como o que se viu ontem, no aeroporto Santos Dumont e durante a viagem dali até o Campo dos Afonsos, local dos testes físicos.
Mais de cem soldados da Aeronáutica, armados de fuzis e metralhadoras, cercaram o local de desembarque no aeroporto. Os jogadores foram isolados numa sala, longe da imprensa. E nenhum torcedor se atreveu a chegar perto dos atletas.
O responsável por esse esquema é um ex-cabo da Aeronáutica, ex-segurança do vice-presidente da CBF Alfredo Nunes e atual responsável pela "proteção da seleção", no Brasil e nos EUA. Seu nome: Moisés Campos.
"É um esquema mínimo de segurança", disse ele, corrigindo-se depois: "Para o trajeto do aeroporto ao Campo dos Afonsos".
Moisés lembrou que os dois micro-ônibus que transportaram os jogadores passaram por "áreas de alto risco" na zona oeste do Rio.
"Pois se ali, quase todo dia, assaltam carros-fortes, imaginem dois veículos vulneráveis como os nossos."
Durante o trajeto, seis batedores e um caminhão cheio de soldados acompanharam os dois micro-ônibus.
Moisés Campos confirmou que o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, depois do sequestro do pai de Romário, recomendou-lhe um esquema de segurança especial para a seleção.
Os jornalistas mal puderam se aproximar dos jogadores também no quartel da Aeronáutica. Os oficiais diziam que "esse problema é com a CBF". O esquema, segundo Moisés, só será atenuado em Teresópolis.
(JM)

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