São Paulo, quarta-feira, 18 de maio de 1994 |
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Arnaldo Cohen mostra técnica requintada
WILLIAM LI
O programa começou com a "Balada nº 3 op. 47", em que Cohen demonstrou uma técnica excepcional, suavidade e requinte. Sua sonoridade é cheia, mas não revela agressividade e sim detalhes inusitados. Em seguida, foram apresentados dois noturnos (op. 55 nº 2 e op. 48 nº 1). Neles, melancólicos e tristes, o pianista mostrou muito "cantabile" e delicadeza. Depois, foram mostrados quatro "Estudos" (op. 25 nº 1, op. 10 nº 10, op. 10 nº 11 e op. 25 nº 12). Cohen exibiu muita técnica e fluidez, e sua interpretação do "Estudo op. 25 nº 12 em dó menor" foi magnífica. O "Scherzo op. 20 nº 1 em si menor", de grande velocidade e que mostra um Chopin desesperado e temperamental, tem bruscas mudanças de humor. Na interpretação de Cohen, parecia Liszt tocando Chopin. O mesmo aconteceu na interpretação da "Fantasia Improviso op. 66 em dó sustenido menor", muito rápida e virtuosística, mas com uma parte central muito "cantabile", principalmente no baixo. No "Scherzo nº 2 em si bemol menor" (o mesmo tocado por Dang Thai Son na semana passada), tivemos uma interpretação completamente diferente: mais sutil, mais matizada e elaborada. E também mais romântica e apaixonada, sem deixar de lado o virtuosismo e o andamento correto. Próximo Texto: Klein ataca fotografia de moda atual Índice |
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