São Paulo, quarta-feira, 18 de maio de 1994
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Rede Record contrata a jornalista Alice-Maria

ARMANDO ANTENORE
DA REPORTAGEM LOCAL

O jornalismo poderá se tornar em breve o principal produto da Rede Record.
A emissora, que ainda hoje carrega a fama de priorizar programas evangélicos, contratou no último dia 4 a jornalista Alice-Maria.
Carioca, 49 anos, Alice trabalhou na Central Globo de Jornalismo por mais de duas décadas.
Começou em 66, como estagiária, e acabou diretora executiva –cargo que ocupou entre 80 e 90.
Com o também jornalista Armando Nogueira, participou da equipe que criou o "Fantástico" e o "Jornal Nacional".
Depois de uma rápida passagem pela Manchete (90-92), chega à Record como supervisora de jornalismo.
Na nova função, terá que reformular os dois principais telejornais diários da emissora: o "Informe São Paulo" (18h) e o "Jornal da Record" (19h).
"Uma de nossas primeiras metas é mesclar o noticiário com análises", afirma Alice. "O telejornalismo atual não pode apenas informar. Precisa explicar os fatos, interpretá-los, dar condições para o público concluir algo."
Outro objetivo de Alice é "nacionalizar" gradativamente o jornalismo da Record.
A emissora, que nasceu em São Paulo há 40 anos, só virou rede nacional no fim de 1990. Ainda tem, portanto, uma cara muito paulista.
"Pretendemos cobrir melhor outras partes do país, mas sem perder a identidade com o público de São Paulo", explica Alice.
Ela diz que, depois de reformular os dois telejornais, a emissora deverá lançar outros programas jornalísticos. Quais? "Ainda é cedo para dizer."
(AA)

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