São Paulo, quarta-feira, 18 de maio de 1994
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Profissionais discutem marketing cultural

DA REPORTAGEM LOCAL

A Folha e a Fundação Bienal promovem hoje, às 19h, o debate "Marketing Cultural", para discutir o apoio da iniciativa privada a projetos culturais.
Segundo Roberto Muylaert, um dos debatedores, "mais importante do que ter incentivos fiscais para cultura é ter pessoas que saibam identificar e escolher os projetos".
Muylaert, presidente da Fundação Padre Anchieta, é autor do livro "Marketing Cultural", publicado pela editora Globo.
"Os empresários ficam inseguros para saber se o projeto vai ser bom para a imagem da empresa ou não", diz Muylaert.
Emilio Kalil, produtor cultural que também participa do debate, diz que pretende falar sobre a importância da ética e do profissionalimo tanto do patrocinador como do produtor cultural.
Segundo Kalil, que foi diretor do Teatro Municipal de São Paulo entre 1989 e 1992, muitas empresas não querem mais fazer patrocínio porque já foram iludidas.
"O projeto tem que ser claro no papel e exatamente a mesma coisa no palco", diz Kalil.
O ponto de vista da empresa patrocinadora estará representado no debate por João Madeira, gerente de projetos culturais da Shell.
"O patrocínio traz como retorno uma imagem institucional positiva e importante para a empresa", diz.
Segundo Madeira, um dos programas que mais traz retorno para a empresa é o de teatro. A Shell patrocina cerca de seis peças por ano no Rio em São Paulo e há sete anos criou seu prêmio de teatro.
Outro participante do debate, Edemar Cid Ferreira, presidente da Fundação Bienal, vai falar sobre sua experiência à frente da Bienal e como vice-presidente dos patronos do Teatro Municipal.
O publicitário Alex Periscinoto, ex-presidente da Fundação Bienal, também participa do debate, que será mediado pelo jornalista Marcos Augusto Gonçalves, editor da "Revista da Folha".
O debate será no auditório da Folha (al. Barão de Limeira, 425, 9º andar) e os convites podem ser retirados na portaria do jornal a partir das 9h.

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