São Paulo, quinta-feira, 19 de maio de 1994 |
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Brasileiro já compra de tudo em URV Indexador vale sem MP estar aprovada PAULO ROSA
Na indústria, 93% dos negócios já são feitos em URV segundo pesquisa da Fiesp em São Paulo. No comércio, o embrião da nova moeda chegou a atropelar as determinações do governo. Desde abril muitos comerciantes passaram a cobrar em URV sem fixar os valores correspondentes em cruzeiros reais nas etiquetas, permissão oficial só concedida no início do mês. O crediário em URV ganha terreno. Aos poucos leva a uma retomada do sistema e fez diminuir até a prática de uma já instituição nacional, o pré-datado. Nas farmácias, toda segunda-feira, os preços em URV são convertidos para cruzeiro real, permanecendo inalterados na semana. Os combustíveis também já estão urvizados com correção semanal em cruzeiros reais. Mas o gás de cozinha é corrigido todo dia: se deixar para comprar amanhã o botijão do mês, por exemplo, o consumidor paga mais em cruzeiros. O salário fixado em URV e convertido em cruzeiro real no dia do recebimento já pode ser guardado no banco em aplicações corrigidas pela própria URV, como fundão e CDB. Para morar, o brasileiro já tem as prestações do Sistema Financeiro da Habitação corrigidas pela URV. Quando aluga, desde março o faz pela URV com reajuste anual. E tudo isso à margem de qualquer decisão do Congresso. O governo cumpre até agora apenas a formalidade de enviar e reeditar medidas provisórias que determinam e legitimam as novas regras da economia. Texto Anterior: Para Ricupero, juros vão conter especulação Próximo Texto: Governo evita votar o plano, acusa PMDB Índice |
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