São Paulo, quinta-feira, 19 de maio de 1994
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Polícia prende 2 acusados de roubar carros

DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia prendeu ontem, à 1h, o vendedor Evaristo Alves da Silva Neto, 28, e Carlos Alberto Costa Viegas, 25, sob a acusação de eles fazerem parte de um grupo que rouba carros em São Paulo para vendê-los no Rio de Janeiro.
Com eles, foram achados cinco carros e uma motocicleta roubados. Os veículos estavam guardados em um estacionamento da rua Guaianazes, nos Campos Elísios (centro).
Os policiais descobriram Silva Neto e Viegas após o engenheiro Pedro Burzelli, 36, ser roubado na rua Bagé, na Vila Mariana (zona sul), às 22h de anteontem.
Burzelli estava em seu Tempra, placas BMD-4643, esperando sua amiga, a professora Vera Lúcia Bibe Cosentino, 41, quando os dois acusados teriam parado ao lado do carro em uma motocicleta.
Vera Lúcia estava se aproximando do Tempra e foi rendida com o engenheiro pelos ladrões, que estavam armados com pistolas semi-automáticas. Além de levarem o Tempra, os assaltantes roubaram a carteira de Burzelli e a bolsa da professora.
Em seguida, eles fugiram. O engenheiro e Vera Lúcia foram ao 36º DP e denunciaram o crime.
Duas horas depois, os acusados foram vistos por dois PMs em uma lanchonete na esquina da alameda Santos com a rua Rafael de Barros, no Paraíso (zona sul).
A motocicleta estava fora da lanchonete. Com Silva Neto e Viegas, os PMs acharam uma pistola semi-automática calibre 380.
Os dois foram levados para o 36º DP, onde foram reconhecidos por Burzelli e pela professora.
Em seguida, os PMs foram ao estacionamento, onde acharam o Tempra do engenheiro, um Gol GTS, um Uno, um Kadett GSI e um Gol, todos com menos de um ano de uso e roubados.
O manobrista do estacionamento, Ilton Alves da Cruz, 19, confirmou que os acusados haviam deixado, horas antes, o Tempra no local. Ele também afirmou que os dois vinham com outros homens deixar carros no estacionamento.
O 36º DP suspeita que o grupo roubava carros semi-novos em todo Estado e os levava para o Rio após deixá-los alguns dias escondidos em estacionamentos a fim de evitar chamar a atenção da polícia.
Silva Neto e Viegas se negaram a prestar depoimento e disseram que só irão dar sua versão dos fatos para o juiz que analisar o caso.

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