São Paulo, quinta-feira, 19 de maio de 1994
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Transbrasil compra novo 777

JOSIAS DE SOUZA
ENVIADO ESPECIAL A SEATTLE (EUA)

Em um ambiente recessivo, a Boeing, maior fabricante mundial de aviões, se prepara para pôr no mercado um novo produto: o 777.
O novo avião tem capacidade para 305-328 passageiros (aproximadamente três vezes a lotação de um ônibus), em três classes.
A Transbrasil, que acumula em seu último balanço um prejuízo de US$ 45 milhões, encomendou três novos Boeing 777, sendo, por enquanto, a única companhia brasileira na lista dos compradores.
Se conseguir pagá-los, a empresa aérea brasileira receberá o primeiro avião em junho de 1996, o segundo em setembro do mesmo ano e o último em 1997.
O 777, apresentado pela Boeing em Seattle (no Estado de Washington, noroeste dos EUA), onde fica a sede da empresa, foi desenvolvido para voar sobre oceanos, vencendo grandes distâncias.
As principais inovações do avião beneficiam as empresas e não o passageiro. Um exemplo: o 777 foi feito com material resistente à corrosão.
Segundo promessa do fabricante, o aparelho, com duas turbinas, consumirá menos combustível do que o 747/400 (que tem capacidade para 567 passageiros), o quadrijato da Boeing tradicionalmente usado para longos trajetos.
No modelo 777, o conforto do passageiro pode ser diminuído pela ganância da companhia área.
Com parcos dois dias de trabalho, pode-se reduzir o número de assentos do avião de 305 para 297. "Faremos a mudança nos períodos de alta temporada turística", antecipa Omar Fontana, presidente da Transbrasil, dois anos antes de receber o seu primeiro bijato Boeing 777.
As vantagens que o 777 oferece ao passageiro estão nos detalhes. As pessoas que já bateram a cabeça no compartimento de bagagens de mão do MD–11 ou do Airbus vão notar a diferença. No 777, o bagageiro é mais alto e recolhido. Pode-se levantar da poltrona sem receios.

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Sobre a Boeing na pág. 6-14.

O jornalista JOSIAS DE SOUZA, diretor-executivo da Sucursal de Brasília, viajou a convite Boeing e da Transbrasil.

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