São Paulo, sexta-feira, 20 de maio de 1994 |
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Atacante volta hoje para o Brasil
<FT:"MS SANS SERIF",SN>JOÃO MÁXIMO; MÁRIO MAGALHÃES; SÉRGIO TORRES
Para o técnico Carlos Alberto Parreira, a goleada de 4 a 0 foi a confirmação definitiva de algumas verdades do futebol moderno, uma delas a de que nenhum time pode ser "exclusivamente ofensivo". "Não que o Barcelona só saiba atacar", pondera Parreira. "Na verdade, é uma equipe que também sabe jogar segundo o equilíbrio que comanda o futebol de hoje: defender, armar, atacar." O que Parreira acha é que, anteontem, o Barcelona ousou mais do que devia, ao passo que o Milan foi um "admirável exemplo de aplicação e ocupação de espaços". O treinador da seleção lembra que o número de atacantes fixos, no futebol moderno, não é o que faz um time ofensivo ou defensivo: "O Barcelona, por exemplo, usou três homens na frente. E foi muito menos ofensivo do que o Milan, que jogou rigorosamente no 4-4-2." Parreira acredita que Romário não tenha jogado tudo o que sabe justamente pela distância que se fez entre o meio e o ataque. Zagalo pensa diferente. Em sua opinião, há jogadores cujas características não os permitem realizar o trabalho de atacar, voltar para marcar e atacar novamente, como exige o futebol moderno. É o caso de Romário. Atacante que, num jogo como o de Atenas, de meio campo congestionado, não rende. A questão da característica, para Zagalo, é fundamental: "Vejam o caso do Ronaldo. Sei de muitos que pensam numa linha de frente com ele, Bebeto e Romário. Pois bem: não funcionaria. Ronaldo no lugar de Raí seria um erro." (JM, MM e ST) Texto Anterior: Parreira critica falta de empenho de Ronaldo Próximo Texto: Jogador diz estar em boas condições Índice |
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