São Paulo, sexta-feira, 20 de maio de 1994 |
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Autocensura era frequente
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Em 1975, ele publicou sobre o tema o já clássico "A Primeira Vítima", que descreve o repórter de guerra como "um construtor de mitos". Mas Frederick Voss, o curador da exposição e autor do livro "A Cobertura Jornalística da Segunda Guerra Mundial", não deixa de levantar algumas restrições à qualidade técnica do que os repórteres americanos fizeram entre 1941 e 1945 na Europa, Ásia e África. Ele não evita, por exemplo, a questão da censura. Diz que ela era aceita e até bem-vinda por quase todos os jornalistas como uma necessidade para evitar benefícios aos inimigos. Mas admite que muitas vezes ela foi usada apenas para promover alguns líderes militares (em particular o general Douglas MacArthur). O espírito da época atual deixa sua marca na mostra. Ela acaba dedicando espaço para denunciar o "politicamente incorreto" e protesta contra a exclusão de jornalistas mulheres nas frentes de combate. Uma ala também é dedicada ao jornalismo negro na guerra e a importância de alguns repórteres negros é ostensivamente exagerada só para agradar à comunidade que constitui 80% da população de Washington. Apesar dos deslizes, "Reportando a Guerra" é uma exibição oportuna, que reconstitui bem o clima da última guerra de que os americanos tomaram parte convencidos unanimemente de que eles eram os mocinhos do filme. (CELS) Texto Anterior: EUA lembram aventura do front Próximo Texto: Leite de magnésia; Esturjão Índice |
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