São Paulo, domingo, 22 de maio de 1994 |
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Correntes minoritárias perdem poder na CUT
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
Anteontem à noite, em uma votação apertada, a primeira realizada em urnas, a Articulação Sindical, de Vicentinho, conseguiu acabar com a autonomia política e econômica das CUTs Regionais. Todas as correntes minoritárias –CUT pela Base, Corrente Sindical Classista (PC do B), O Trabalho, PSTU, Força Socialista, entre outras– votaram contra. Mas a Articulação mostrou seu poderiu: conseguiu 863 votos para sua proposta, contra 803 de toda a oposição. Grande parte das CUTs Regionais, hoje, são "redutos" das correntes minoritárias. Mas a partir de agora, elas não terão mais direção nem recursos próprios. A CUT Regional São Paulo, por exemplo, era dirigida pela CUT pela Base numa coligação com outras correntes minoritárias. Agora, os 25% vão para a direção da CUT Estadual São Paulo (maioria da Articulação), que vai repassar os recursos a essa regional se achar conveniente. "Metade dos recursos da CUT Regional São Paulo vinha do Sindicato dos Bancários", disse Gilmar Carneiro, ex-presidente e hoje diretor do sindicato. Mas, segundo ele, as correntes minoritárias usavaram os recursos da regional para apoiar a Chapa 2, de oposição à direção do sindicato (e à Articulação), nas últimas eleições. As correntes minoritárias negam. Apoio a Lula O apoio político e financeiro da CUT a Luís Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais do país, uma das discussões principais do 5º Congresso Nacional da CUT, seria decidido ontem à tarde. Também estava prevista a discussão sobre o aumento das contribuições dos sindicatos à CUT. Até o fechamento desta edição, não havia definição sobre esses assuntos. Para hoje, último dia do Congresso, está prevista a eleição da nova direção da CUT Nacional. Ela tomará posse no próprio Congresso. Texto Anterior: "Sindicato era um clube" Próximo Texto: Lula move um processo contra a Folha Índice |
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