São Paulo, domingo, 22 de maio de 1994
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Anfitriã se fantasia de bolo

MAURICIO STYCER
DA REPORTAGEM LOCAL

Kátia Dutra, 21, a anftriã de uma das festas programadas para ontem, escolheu uma fantasia original. "Vou fantasiada de bolo".
Para isso, Kátia primeiro comprou um bolo de isopor, na loja Palácio dos Enfeites, com uma vela para os seus 21 anos no alto. Depois, providenciou um vestido branco com detalhes de bolo.
"Queria fazer uma coisa diferente para comemorar meus 21 anos. Acho que consegui", disse.
Os seus 150 convidados deveriam, obrigatoriamente, ir fantasiados. "Até a minha avó vai colocar uma coisinha", disse.
Esse também é o espírito da festa promovida pelo grêmio de funcionários da Sharp. "Nossas festas são sempre diferentes. Um baile comum não tem tanta receptividade", diz Ana Locoselli, promotora da festa, que ia de grega.
Festas à fantasia costumam ter tema livre, mas também podem ser dirigidas. No último dia 10, o decorador Sig Bergamin deu uma festa com o tema "Paradise Island" (veja à esquerda).
Na sexta-feira, o estudante Fábio Lopes Cunha Jorge, 20, procurava uma fantasia para uma "Festa do Cafona", programada para ontem em Ribeirão Preto.
Fábio acabou alugando uma fantasia de "bicheiro" (blazer branco, calça branca e camisa vermelha, aberta no peito. Ainda iria acrescentar ao visual, em casa, um relógio de ouro e uma corrente.
O estudante já tem experiência em festas à fantasia. Na semana passada, foi à festa de Gustavo Amaral, no Resumo da Ópera (veja à esquerda).
"Fui de caubói. Estava sem fantasia, peguei um chapéu e fui. A fantasia te permite ser outra pessoa", diz.
Há um ano, Fábio foi a uma outra "Festa do Cafona" em Ribeirão. "Fui de Chapolim Colorado, um super-herói atrapalhado. Passei a festa inteira rindo", diz.
Assim como Fábio, seu amigo André Gusso, 21, também planejava ir de bicheiro na "Festa do Cafona".
André defende a teoria de que as pessoas se soltam mais por estarem fantasiadas: "Todo mundo despiroca um pouco mais em festa à fantasia".

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