São Paulo, domingo, 22 de maio de 1994
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Uso de heroína por funcionários preocupa empresas de Wall Street

DO "USA TODAY"

A década de 90 vinha sendo considerada sóbria em Wall Street, centro financeiro internacional em Nova York.
No entanto, dois casos recentes revelam que as extravagâncias dos "yuppies" (profissionais urbanos, jovens e bem-sucedidos) dos anos 80 podem estar de volta.
Wardell Lazard, 44, presidente de uma corretora, foi encontrado morto em um quarto de hotel. Suspeita-se de overdose.
Larry Kudlow, 46, economista ex-funcionário da Bear Stearns, uma das grandes corretoras, admitiu publicamente sua dependência de drogas e álcool.
Segundo Robert Strang, que pesquisou incógnito os hábitos em Wall Street na década de 80, a cocaína não é mais a droga mais usada em festas.
Ele avalia que a heroína é a escolha mais comum hoje. Atualmente, Strang assessora empresas na criação de programas prevenção às drogas.
Desde 91, dobrou o número de casos de heroína que ele tratou. A pressão para obter resultados, a abudância de dinheiro e a disponibilidade da droga estão na origem desse aumento.
Segundo Robert Dupont, consultor de algumas das 500 maiores empresas dos Estados Unidos, os executivos financeiros que prosperam sob pressão são os mais vulneráveis à dependência.
Segundo pesquisa da American Management Association, só 4% das empresas da área financeira têm programas antidroga. É a menor taxa entre todos os setores.
Pelo menos uma empresa não está preocupada com o uso de drogas entre seus profissionais.
Merritt Hait, diretor do banco de investimentos J.P. Morgan, afirma que o número de problemas com drogas ou álcool caiu 80% nos últimos cinco anos.

Tradução de Ana Astiz

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