São Paulo, domingo, 22 de maio de 1994
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Caso Jones constrange liberais

DE WASHINGTON

O caso Paula Jones está colocando em situação difícil quase todos os personagens que tomaram partido há três anos no caso Anita Hill.
Quando o juiz Clarence Thomas teve sua indicação para a Suprema Corte julgada pelo Senado dos EUA, uma advogada que havia trabalhado anos antes com ele o acusou de molestamento sexual.
Thomas havia sido nomeado pelo ex-presidente George Bush e é um dos líderes do pensamento conservador entre os juristas do país.
As denúncias de Anita Hill foram apoiadas por senadores e entidades liberais e ela virou ídolo do movimento feminista.
Os conservadores afimaram que Hill havia inventado a história com objetivos políticos, só para constranger Thomas.
Agora, os papéis se inverteram. Os liberais reclamam que Paula Jones não merece credibilidade e os conservadores lhe dão sustentação política.
Nos dois casos, trata-se da palavra de uma mulher quase anônima contra a de um homem poderoso e as acusadoras tinham mais a perder do que a ganhar com os casos que criaram.
Hill não moveu ação civil contra Thomas, que teve seu nome aprovado pelo plenário do Senado por 52 votos a 48.

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