São Paulo, domingo, 22 de maio de 1994
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Obra de Iberê só não é "singela"

JACKSON A.

\<FT:"MS Sans Serif",SN\>'As Idiotas' (91), óleo sobre tela que está na exposição do Centro Cultural
Crédito Foto: EDUARDO ORTEGA/DIVULGAÇÃO
Vinheta/Chapéu: \<FD:"VINHETA-CHAPÉU"\>EXPOSIÇÃO\</FD:"VINHETA-CHAPÉU"\>
Obra de Iberê só não é "singela"
O 80º aniversário do gaúcho Iberê Camargo é o pretexto para a apresentação da produção recente desse que é um dos maiores artistas brasileiros. Três telas, dois guaches e cinco gravuras procuram indicar, em drágeas concentradas, suas linhas de pesquisa atuais.
Aluno de Guignard na década de 40 e frequentador dos ateliês de Lhote e De Chirico durante uma viagem à Europa, Iberê iniciou sua carreira retratando Santa Tereza, esboçando naturezas-mortas, experimentando gravuras em metal. No final dos anos 50, arriscou formas novas -os carretéis são dessa fase. Segundo ele, só em 80 as figuras reaparecem no trabalho com "O pintor e seu pátio". Nessas telas recentes, já expostas o ano passado, o homem ocupa o centro do palco, sustentado por um forte drama pessoal, por uma veia trágica.
Nos guaches, mais despojados, sintéticos do ponto de vista expressivo, permanece o traço vigoroso, intenso. Nas palavras de Ronaldo Brito, "singelo seria talvez um dos poucos adjetivos que a obra fervorosa de Iberê Camargo parece de imediato excluir".
– Fernanda Peixoto

Centro Cultural São Paulo, R. Vergueiro, 1.000. Paraíso, zona sul. Tel. 277-3611. Terça a domingo: 9h/22h. Grátis.

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