São Paulo, terça-feira, 24 de maio de 1994
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Líderes querem que a revisão continue em 95

RAQUEL ULHÔA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Certas do fracasso do esforço concentrado que começa hoje, lideranças partidárias começaram ontem a buscar uma forma de interromper a revisão constitucional imediatamente e garantir sua continuidade no próximo ano.
O relator, deputado Nelson Jobim (PMDB-RS), desistiu de propor a emenda permitindo reformas constitucionais a cada dez anos. Não acredita que haja quórum para aprovação (293 votos, no mínimo).
A proposta de suspender a revisão é do deputado Michel Temer (PMDB-SP). Tem o apoio do PMDB e de parlamentares de vários partidos.
Temer diz que não há problema jurídico, porque não será realizada uma outra revisão. O que vai ocorrer é sua continuidade em 95. E a Constituição não fixa prazo máximo para a sua reforma.
"É a única saída", disse o líder do PMDB na Câmara, deputado Tarcísio Delgado (MG). O Congresso revisor pode suspender os trabalhos, para retomá-los em 95, através de resolução.
O encerramento da atual revisão está marcado para o próximo dia 31. Faltam apenas quatro dias úteis (de terça a quinta, nesta semana, e a próxima segunda).
O Congresso revisor começa hoje um esforço concentrado, que vai até quinta. Foram suspensas as sessões da Câmara e do Senado e as reuniões das comissões, para haver três sessões da revisão por dia.
O objetivo é votar uma pauta de apenas cinco itens, considerados irrelevantes pelos próprios parlamentares.

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