São Paulo, terça-feira, 24 de maio de 1994 |
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EUA culpam Brasil por visto menor
MAURICIO STYCER
A partir de 18 de julho, os vistos dos EUA passam a valer no máximo três meses. Hoje, existem vistos de quatro anos. Além da drástica redução dos prazos dos vistos, os EUA anunciaram na última sexta-feira que passarão a cobrar taxas de US$ 20 a US$ 100 por visto concedido. A medida foi tomada, segundo nota divulgada sexta, para "estabelecer uma paridade com as taxas e períodos de validade de vistos semelhantes emitidos pelos consulados brasileiros para viajantes norte-americanos". Em entrevista à Folha, o cônsul Philip Taylor disse que há 15 anos os EUA negociavam com o Itamaraty uma alteração no sistema de concessão de vistos do Brasil. Norte-americanos que desejam visitar o Brasil a negócios ou turismo hoje ganham vistos de entrada no país válidos por três meses. No caso da viagens de negócios, o Brasil cobra US$ 60 pela concessão do visto e ele é válido apenas para uma entrada no país. "A nossa lei estabelece que temos de aplicar períodos de validade de forma recíproca. Estamos violando a nossa lei dando um visto diferente ao que o Brasil dá aos norte-americanos", disse Taylor. Segundo o cônsul, era crescente a pressão do Congresso norte-americano sobre o Departamento de Estado para que se adotasse uma política idêntica à do Brasil. "Queremos dar um visto por dez anos. É mais eficiente do que por apenas quatro anos. Estamos sendo forçados, ao invés, a reduzir o prazo para três meses. É uma situação absurda", disse Taylor, 49. O cônsul prevê filas maiores nos guichês dos consulados, mas informa que não terá reforço de pessoal. Em 93, foram processados em São Paulo 160 mil pedidos de visto –87% foram aceitos. Desde o último dia 16, os consulados de São Paulo e Brasília cobram também uma taxa de US$ 20 por pedido de visto. Texto Anterior: País ocupa 5º lugar no ranking de turismo aos EUA Próximo Texto: Reino Unido endurece regras Índice |
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