São Paulo, quarta-feira, 25 de maio de 1994
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Quércia promete construir Norte-Sul

Candidato não obtém apoio nos Estados
MÁRIO SIMAS FILHO

MÁRIO SIMAS FILHO; LUCIO VAZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PMDB à Presidência, Orestes Quércia, afirmou que é "favorável" à construção da ferrovia Norte-Sul. Ele também defendeu a continuidade do programa de distribuição de leite.
"Sempre defendi a necessidade da ferrovia Norte-Sul e o programa do leite é desenvolvido também em São Paulo, pelo governo do Estado", disse.
A ferrovia Norte-Sul foi iniciada no governo José Sarney. Em 1988, a Folha revelou que havia fraude na concorrência para a construção. O progrma do leite, também do governo Sarney, sofreu diversas denúncias de irregularidades.
O ex-governador afirmou que conta com o apoio de Sarney à sua candidatura. "Ele é do PMDB e o natural é que ajude o candidato do partido."
Estratégia
O candidato do PMDB a presidente, Orestes Quércia, enfrenta dificuldades no projeto de estadualizar as eleições. Em alguns Estados o partido fechou coligações que o prejudicam.
A estadualização da eleição significa o lançamento de candidatos do partido ao governo estadual. A expressão eleitoral destes candidatos acabaria puxando votos para Quércia.
O PMDB gaúcho tem o candidato favorito, o deputado Antônio Britto. Mas tanto Britto quanto o senador Pedro Simon rejeitam Quércia.
Quércia tenta articular a candidatura do deputado Joni Varisco ao govenro do Paraná. Mas o presidente regional, Nivaldo Kriger, adiantou que o partido deve fechar coligação com o PP de Álvaro Dias.
Para azar de Quércia, Dias tem uma aliança com seu adversário nas prévias, o ex-governador Roberto Requião. O senador Ronan Tito (MG) tenta aproximar Quércia de Dias.
Em Pernambuco, Quércia articula a candidatura de Cid Sampaio. Mas o presidente regional, senador Mansueto de Lavor, acha mais conveniente para o partido uma coligação com o PSB de Miguel Arraes.
Quércia buscava uma aliança com o candidato do PTB ao governo do Distrito Federal, Valmir Campelo. O acordo ente Campelo e o governador Joaquim Roriz (PP) dificulta a aproximação com o PMDB.

Colaborou LUCIO VAZ, da Sucursal de Brasília

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