São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 1994
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Lula ataca mandato de 4 anos; outros defendem

Das Sucursais do Rio e Brasília, da Reportagem Local e da Agência Folha
O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, disse ontem no Rio que a redução do mandato do futuro presidente da República "cheira a uma artimanha" contra seu partido.
Segundo ele, a redução do mandato prejudicará a execução de seu programa de governo. Lula citou, como outras "artimanhas" contra sua candidatura a mudança de regras do horário eleitoral e das normas para doações aos partidos.
Os candidatos Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Orestes Quércia (PMDB), Leonel Brizola (PDT) e Esperidião Amin (PPR) são a favor da redução do mandato do presidente para quatro anos, mas querem o direito à reeleição.
FHC defendeu a reeleição para cargos executivos. Ele disse que esta foi a razão de ter votado a favor da redução do mandato de cinco para quatro anos na revisão.
Para o tucano, a possibilidade de reeleição permite ao governo traçar rumos de longo prazo para o país. FHC disse que vai apoiar a emenda do vice-líder do PMDB na Câmara, deputado Germano Rigotto (RS), propondo a reeleição.
Segundo FHC, o mandato do presidente deve ser de quatro anos para que sua eleição coincida com a dos deputados federais.
Segundo Amin, a eleição solteira para presidente "é fator de instabilidade para o país", disse.
Para Amin, o ideal é que ocorram eleições para presidente, senador e deputado federal em um ano.
Dois anos depois, haveria então a eleição para governador, deputados estaduais, prefeitos e vereadores. "Assim não haveria ruptura em nenhum dos dois processos."
O candidato do PMDB, Orestes Quércia, afirmou ontem em São Paulo que é favorável a mandato de quatro anos, com reeleição.
O candidato do PDT, Leonel Brizola, disse em Belo Horizonte que a redução mandato presidencial para quatro anos era defendida pelo seu partido. "Quanto mais eleição, melhor." Brizola lamentou que a reeleição do presidente não tenha sido aprovada.

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