São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 1994
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BC diz que prestação aumenta após o real

Repasse de reajuste salarial é defasado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O diretor de Normas do Banco Central, Cláudio Mauch, confirmou ontem que as regras para prestações e dívidas da casa própria serão mantidas após a criação do real.
Nos contratos regidos pela equivalência salarial, em que as prestações sobem de acordo com os reajustes salariais do mutuário, os reajustes das prestações estarão concentrados nos meses de julho e agosto.
Isso porque, nesses contratos, há uma defasagem de 30 ou 60 dias nos repasses dos reajustes salariais às prestações. Assim, a inflação de junho, a última em cruzeiros reais, se refletirá nas prestações dos dois meses subsequentes.
Mauch disse que o valor das prestações será convertido em reais em 1º de julho, mas os carnês continuarão sendo pagos nas respectivas datas de vencimento, com os reajustes previstos.
A TR continuará como indexador dos saldos devedores –a dívida total do mutuário– e das prestações da maioria dos contratos mais recentes.
Nos contratos do PCR (Plano de Comprometimento de Renda), as prestações são reajustadas pela TR até o limite de 30% da renda bruta do mutuário. Quando o limite é ultrapassado, o prazo do financiamento é prorrogado. O BC prevê um aumento desses casos após o real, porque os salários na nova moeda ficarão estáveis e a TR subirá mensalmente.

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