São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 1994
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Crescem negócios e preços nas Bolsas

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

As Bolsas de Valores estiveram agitadas ontem. O índice da Bolsa paulista subiu 8,1% e o da congênere carioca (Senn) valorizou-se 7,9%. Houve aumento também no volume de negócios.
Os operadores assustaram-se com a "puxada" nas cotações. Os analistas tentaram explicar a alta por queda nos juros internacionais de longo prazo e rumores sobre pesquisas eleitorais.
O boato seria que pesquisa a ser divulgada até o final da semana indicaria perda de pontos de Lula e melhor posição para Fernando Henrique.
Os juros dos Certificados de Depósito Bancário caíram 138 pontos em relação à equivalência com o dia anterior.
A expectativa do mercado futuro de Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) é de taxa de inflação para maio de 42,83%, contra 43,02% no dia anterior.
O Banco Central surpreendeu o mercado ao final da tarde com a informação de que os CDBs prefixados terão prazo mínimo de 90 dias, contra os 30 dias atuais.
Já os CDBs pós-fixados (TR) terão prazo mínimo de 30 dias. Há expectativa de que a partir do próximo mês, os investidores passem a abandonar os CDBs prefixados e direcionem o dinheiro para os papéis pós-fixados.
Ontem, o mercado do dólar no paralelo chegou a registrar ágio no início da tarde, mas fechou com deságio de 0,23%.
O Banco Central acalmou o mercado cambial com dois leilões de venda no mercado do dólar no flutuante e um de compra no segmento do dólar comercial.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 1,506% no dia 23, projetando rendimento para o mês de 40,59%. Segundo a Andima, a taxa média do over foi de 54,35% ao mês, significando rendimento diário de 1,81%, projetando rentabilidade de 47,94% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros oscilaram entre 54,31% e 54,35% ao mês por um dia.
CDB e caderneta
As cadernetas que vencem hoje rendem 47,8556%. CDBs prefixados negociados ontem: de 12.180% a 12.670% ao ano para 30 dias. CDBs pós-fixados de 90 dias: 26% a 28% ao ano mais a variação da TR.
Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: de 54,35% a 55,50% ao mês. Para 30 dias (capital de giro): de 12.250% a 12.770% brutos ao ano.
No exterior
Prime rate: 7,25% ao ano. Libor: 4,8750%.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: alta de 8,1%, fechando com 23.017 pontos e volume financeiro de CR$ 406,79 bilhões, contra CR$ 294,56 bilhões no dia anterior. Rio: elevação de 7,9% (I-Senn), fechando com 87.925 pontos e volume financeiro de CR$ 72,50 bilhões, contra CR$ 44,05 bilhões no dia anterior.
Bolsas no exterior
O índice Financial Times da Bolsa de Londres fechou a 2.398,40 pontos, com queda de 47,30 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 20.663,63 pontos, com alta de 41,51 pontos.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): CR$ 1.754,01 (compra) e CR$ 1.754,03 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a CR$ 1.724,91 (compra) e CR$ 1.724,93 (venda). "Black": CR$ 1.730,00 (compra) e CR$ 1.750,00 (venda). "Black" cabo: CR$ 1.720,00 (compra) e CR$ 1.725,00 (venda). Dólar-turismo: CR$ 1.680,00 (compra) e CR$ 1.740,00 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 1,68%, fechando a CR$ 21.730,00 o grama na BM&F.
No exterior
Segundo a agência "UPI", em Londres, a libra fechou cotada a 1,5047 dólar, contra 1,5057 dólar no dia anterior. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,6490 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 104,47 ienes ontem, contra 104,30 ienes no dia anterior.
A onça-troy (31,104 gramas) de ouro na Bolsa de Nova York foi cotada a US$ 386,60, contra US$ 387,10 no dia anterior.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para maio fechou em 48,10% para maio e de 47,81% para junho.
No mercado futuro de dólar, a expectativa de desvalorização cambial para maio ficou em 44,16%, contra 44,25% no dia anterior.
O índice futuro do índice da Bolsa paulista para junho fechou com 29.900 pontos, o que projeta lucratividade de 45,32%.

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