São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 1994
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Empresas gastam US$ 300 mi com a Copa

CHARLES CUTTONE
DO "USA TODAY"

As empresas patrocinadoras oficiais da Copa do Mundo investiram em torno de US$ 300 milhões (cerca de CR$ 510 bilhões) com o evento que se inicia no próximo dia 17 nos EUA.
Os investimentos se aproximam, por exemplo, do custo da nave espacial Voyager, que custou US$ 342 milhões. Ou seriam suficientes para pagar um salário mínimo (valor de maio) a mais de 4,5 milhões de brasileiros.
OS EUA, que não têm tradição no futebol, já percebem os efeitos da proximidade da competição.
Não tanto pelo esporte em si, mas pela grande quantidade de companhias tentando lucrar sobre qualquer coisa que se relacione ao Mundial.
"Nenhum outro evento esportivo se compara à Copa do Mundo em termos de poder de marketing", disse o vice-presidente-executivo da Gillete, Robert Murray.
A maioria das empresas que investiram alto na competição –um patrocínio custa US$ 10 milhões (ou CR$ 17 bilhões)– desenvolveram estratégias de promoção que tentam despertar o interesse do consumidor para o evento.
Dessa forma, a Mastercard, uma empresa de cartões de crédito, contratou ninguém menos que Pelé como seu porta-voz nos 20 programas que implantou nos EUA e ao redor do mundo.
A companhia, que estima gastar cerca de US$ 30 milhões (CR$ 51 bilhões) em propaganda, também investiu em detalhes.
Apoiou, por exemplo, uma seleção de "embaixadores do futebol", estrangeiros que, de alguma forma, colaboraram para o desenvolvimento, ainda que pequeno, deste esporte nos EUA.
Também a Adidas, fabricante de material esportivo, atacou em duas frentes diversas para chamar a atenção sobre seus produtos.
Além de ser a maior fornecedora de uniformes entre as equipes que disputarão a Copa –11 das 24 seleções desfilarão com seu logotipo pelos gramados dos EUA–, a empresa doou pequenos campos de futebol a cidades do interior.
O slogan da campanha da Adidas é "O futebol não está vindo aos EUA. Ele já está aqui."

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