São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 1994
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Jackie deixa também legado fashion

ERIKA PALOMINO
DA REDAÇÃO

Jacqueline Bouvier Kennedy Onassis não passou para a história apenas como uma primeira-dama americana. Fez parte do imaginário de três décadas, lançou moda, virou ícone do mundo pop. Jackie foi enterrada na segunda-feira nos EUA, mas sua imagem está cristalizada na memória deste século. Seja na obra de Andy Warhol, no clube noturno mais moderno de Nova York, o Jackie 60, e até nos figurinos de Ilka Tibiriçá, a personagem de Cassia Kiss em "Fera Ferida".
Falando em termos de moda, especificamente, Coco Chanel um dia disse que Jackie Kennedy era "a mulher mais mal-vestida de todo o mundo". Coisas de Mademoiselle.
Jackie, desde a escola, já estava à frente de seu tempo. Fumava, usava maquiagem demais, saias curtas demais e cabelo diferente das outras meninas. Primeira-dama, decidiu criar uma imagem de moda para si, mas não quis virar, como ela mesma disse, "a Maria Antonieta dos anos 60".
Não virou, de fato. Mas seu carisma fez com que fosse copiada em tudo o que usasse –seu cabelo armado (que arrumava três vezes por semana na Casa Branca), seus chapéus discretos, os tubinhos.
Criticada por usar pouco os estilistas americanos, Jackie lançou o então inciante Halston, que alternava com Valentino, Givenchy e Chanel. Foi um clássico tailleur cor-de-rosa da maison Chanel que foi manchado com o sangue de John Kennedy –e ela nunca mais usou essa cor. Para o enterro, um vestido de Givenchy, acionado também, às pressas, quando morreu o segundo marido Onassis –Jackie não tinha nenhum vestido preto para usar no velório.

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