São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 1994
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Prata sai da passarelas e ganha a luz do dia

ERIKA PALOMINO
COLUNISTA DA FOLHA

\<FT:"MS Sans Serif",SN\>Camiseta sem manga em prata, acima, mais coletinho curto, abaixo; provas de que o efeito brilho é que importa e ninguém precisa sair vestido de astronauta
Crédito Foto: Mujica/Folha Imagem
Vinheta/Chapéu: \<FD:"VINHETA-CHAPÉU"\>NAS RUAS\</FD:"VINHETA-CHAPÉU"\>
Prata sai da passarelas e ganha a luz do dia
Quem acompanhou o circuito dos desfiles de lançamento das coleções de outono-inverno em São Paulo já está careca de saber: o prata é um dos pontos obrigatórios da moda nesta estação.
Todo mundo fez prata –em diferentes versões, ainda bem. Do deboche carioca da Sucumbe a Cólera, passando pelo radicalismo de Alexandre Herchcovitch, até chegar à sofisticação dos looks de Walter Rodrigues e do acabamento impecável das peças da G.
Agora, não são só as modelos a usar o prata. Camisetas, saias, sapatos, coletes, casacos, chegam às ruas da cidade. Com o seguinte mérito: super-acertados, os paulistanos não esperam sumir o sol e desfilam seus modelos prateados à luz do dia mesmo. Sem medo de virar a atração da fila do banco.
E por que o prata voltou, afinal, lá dos anos 60? Helmut Lang, o austríaco que é o novo favorito de todo o mundo da moda, foi o primeiro a se lembrar dele, num tecido batizado de papel de bala. Foi visto e, se não copiado, imitado na idéia de todos os lados do mondo fashion, de Paris a Nova York.
Medo de adquirir seu modelo prata e encarnar um fashion victim tardio, enchendo seu guarda-roupa de looks astronautas que você nem vai querer olhar na próxima temporada? Estilistas internacionais como Rei Kawakubo garantem a longevidade do prata –e de brilhos em geral– até o próximo inverno (deles). Segure o modelo.

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