São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 1994
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Brasil não tem registro de casos da gangrena

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS E DA REPORTAGEM LOCAL

A bactéria estreptococo do grupo A é frequente no Brasil, mas não há registros de casos tão graves como os que surgiram no Reino Unido.
Ela causa normalmente faringite, esporadicamente infecções mais graves, como a meningite.
"Não há relatos no Brasil a respeito de um quadro agudo tão rápido", informou a Seção de Bacteriologia do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, referindo-se aos casos britânicos.
Segundo porta-voz da Organização Mundial da Saúde, existem registrados pelo menos 166 casos no mundo nos últimos cinco anos.
Após as primeiras notícias, vários países começaram a divulgar casos já registrados da doença.
Médicos da Noruega disseram ter notado um aumento no número de ocorrências. Nos últimos 14 meses, pelo menos 20 pessoas foram vítimas da bactéria.
"Está se tornando um sério problema de saúde pública", disse Viggo Hasseltvedt, do Instituto Nacional de Saúde Pública.
Na Islândia, a bactéria fez duas vítimas nos últimos três meses.
"Não sabemos se são casos isolados ou parte de uma grande onda", disse Karl Kristinsson, do Hospital Nacional.
Autoridades sanitárias da Alemanha revelaram que entre 30 e 40 pessoas por ano são infectadas pela bactéria. Cerca de metade das vítimas morrem, segundo autoridades citadas pela imprensa local.
A Agência de Proteção Ambiental e Saúde Nacional da Holanda disse que morreram 21 pessoas da infecção no país desde 1992. Na Bélgica houve 17 casos em 1993.
Mas tanto autoridades belgas quanto holandesas afirmaram que os números não podem ser considerados uma epidemia.

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