São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 1994
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Não deixe o pedido para a última hora

<FT:"MS SANS SERIF",SN>SIMONE GALIB
DA REPORTAGEM LOCAL

A não-exigência de vistos de entrada para os turistas brasileiros no exterior nem sempre significa que não haverá problemas. Na Europa ocidental, com exceção da França, basta apresentar o passaporte e a passagem aérea com a volta marcada, mas isso não impede, em alguns casos, obstáculos nos departamentos de imigração.
Portugal, Espanha e Grécia, por exemplo, costumam exigir que o viajante comprove que tem dinheiro suficiente para a sua estada. Geralmente, os turistas que partem em excursões, saindo do Brasil com programas fechados de agências, não enfrentam transtornos.
A França é rígida. Para o pedido do visto, solicita uma série de documentos que comprovem a renda do viajante e, principalmente, fortes vínculos com o Brasil. Aqueles que se enquadram no chamado "perfil de risco" (pessoas com menos de 30 anos, solteiras, recém-formadas e sem emprego fixo) estão sujeitos a uma triagem mais rigorosa.
Segundo o consulado francês, se alguém não tiver renda suficiente, mas algum membro da família se responsabilizar, pode conseguir o visto. Tudo vai depender sempre da entrevista.
Para os viajantes que têm dupla cidadania com a Comunidade Européia o visto é grátis (inclusive mulher e filhos até 21 anos).
A Austrália não cobra taxa para vistos até três meses, mas costuma ser até mais rígida que a França. Depois dos Estados Unidos, é o país mais exigente, na opinião das agências de viagens.
Se o passageiro tiver um visto americano recusado em seu passaporte dificilmente consegue o australiano, afirma Silvia Coimbra dos Santos, da agência Designer, acostumada a embarcar muitos brasileiros para a Austrália.
A África do Sul desde agosto do ano passado eliminou a exigência de vistos para brasileiros que viajem a turismo e a negócios por um período de três meses. Mas o turista deve embarcar com a passagem de ida e volta e atestado internacional de vacina contra a febre amarela, que precisa ser tomada dez dias antes da viagem.
Seja qual for o país, a melhor dica para o viajante é não deixar o pedido de visto para a última hora. Para roteiros que incluem entradas em quatro países diferentes, e cujas embaixadas fiquem em Brasília, o ideal é que o passageiro entre com o pedido de visto com pelo menos 40 dias de antecedência.
Essa regra se aplica principalmente aos Estados Unidos, que deverá receber este ano mais de 600 mil brasileiros. Em 93, somente o consulado dos EUA em São Paulo recebeu 160 mil pedidos de vistos.
(Simone Galib)

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